quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Confissões De Um Coração Arranhado Parte IX


Ela o puxou para um canto e se sentou num banco velho, para poder começar a contar:
"Naquela época eu era muito nova e muito ingênua, sem experiência. Eu disse que o amava, disse que estava perdidamente apaixonada por ele e ele sorriu para mim, segurou minha mão e beijou minha boca carinhosamente. Foi lindo! Nós dois ficamos aquela vez, e eu me apaixonei mais ainda. Tudo parecia muito belo, e eu achei que ele deixaria tudo por mim... mas não foi bem assim. Ele tinha outras, ele tinha tudo que queria. Era o "bonzão", o "galinha" e estava sempre cercado de meninas, de forma que eu nunca podia me aproximar. Às vezes ele acabava se afastando de mim por causa disso, eu não tinha oportunidades de conversar com ele, sequer abraçá-lo. Me sentia triste e não era fácil conter minhas emoções. A gente acabou ficando mais vezes, em outras noites, mas ele sempre se afastava e se esquecia de mim. Um dia eu o chamei para conversar e contei isso para ele; disse também que eu não me importava em ter somente sua amizade, desde que ele não se afastasse de mim. Ele podia ficar com quem quisesse, namorar com quem desse vontade, mas desde que não deixasse de conversar comigo como sempre conversou, de me abraçar como sempre abraçou, como amigo. Na época isso me pareceu tão importante e tão verdadeiro... mas só depois eu fui ver que na verdade eu nunca o amei, e nem sei se já amei alguém. Tudo o que tive foram expectativas, carinho muito grande... nada que chegasse perto de amor. Talvez seja isso que eu conclua. Talvez eu tenha sonhos e planos mais importantes para realizar do que isso."

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