sexta-feira, 23 de julho de 2010

O Segundo Dos Sete


Inveja; sf. 1. Desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem. 2. Desejo violento de possuir o bem alheio. 3. Objeto da inveja.

Ele queria. Sim, ele queria e muito! Ele queria só para ele. Tinha que ser dele! Tinha que ser! Não fazia sentido... aquela pessoa estúpida e idiota não deveria ter aquilo, não! Aquilo era dele, por direito. Ele estava tentando há tanto tempo e queria tanto... ele precisava ter! Precisava ter! Não importava o que era preciso para ele conseguir, ele faria. Ele passaria por cima de todos e de tudo para conseguir, tinha que ser dele! Há quanto tempo ele havia sonhado com isso... ? Ah, sim, há muito tempo...
E tudo já estava planejado, e tudo já estava pronto. E tudo já estava feito. Ele matou aquela pessoa, sim, ele matou... somente para roubar aquilo dela. Roubar? Não! Pegar de volta, praticamente. Aquilo deveria ser dele e de ninguém mais. E ele conseguiu finalmente ter o que ele queria... ou não.



"Não pense que ninguém entende,
isso acontece todos os dias.
Você é invejoso, oh.
Você é invejoso. Por quê?
É apenas uma simples desculpa
para um crime complexo.
Então escreva isso em sua alma,
mas não desperdice meu tempo."

quinta-feira, 22 de julho de 2010

4 o'Clock


4 horas
4 horas
Nunca me deixa dormir
Eu fecho meus olhos e rezo
pela luz do dia
Como uma criança assustada eu corro
Pelo sono que nunca vem

4 horas
4 horas
Fora da cama eu rastejo
Para alcançar a torre da vergonha
Mas a hora continua a mesma
Somente a loucura sabe meu nome
Às 4 horas

4 horas
4 horas
Nunca me deixa dormir
Eu fecho meus olhos e rezo
pela luz do dia
Como uma criança assustada eu corro
Pelo sono que nunca vem

4 horas
4 horas
Fora da cama eu rastejo
Para alcançar a torre da vergonha
Mas a hora continua a mesma
Somente a loucura sabe meu nome
Às 4 horas

Por que nós nunca podemos voltar para a cama?
De quem é essa voz ressoando na minha cabeça?
Onde está o senso nesses sonhos desesperados?
Por que eu deveria acordar quando já estou metade morta?

Claro como o relógio mantém seu constante carrilhão
Fraco como eu caminho para sua constante rima
Tiquetaqueando por aqueles que amamos
Tantas garotas, tão pouco tempo

Por que nós nunca podemos voltar para a cama?
De quem é essa voz ressoando na minha cabeça?
Onde está o senso nesses sonhos desesperados?
Por que eu deveria acordar quando já estou metade morta?

4 horas
4 horas
Nunca me deixa dormir
Eu fecho meus olhos e rezo
pela luz do dia
Como uma criança assustada eu corro
Pelo sono que nunca vem

4 horas
4 horas
Fora da cama eu rastejo
Para alcançar a torre da vergonha
Mas a hora continua a mesma
Somente o sono nunca vem
Somente a loucura sabe meu nome
Às 4 horas

Por que nós nunca podemos voltar para a cama?
De quem é essa voz ressoando na minha cabeça?
Onde está o senso nesses sonhos desesperados?
Por que eu deveria acordar quando já estou metade morta?

Claro como o relógio mantém seu constante carrilhão
Fraco como eu caminho para sua constante rima
Tiquetaqueando por aqueles que amamos
Tantas garotas, tão pouco tempo

Por que nós nunca podemos voltar para a cama?



Insomnia


Acordar no meio da noite para pensar naquela pessoa era algo que ele já estava cansado de fazer, já não aguentava mais! Além de atrapalhar tudo na sua vida pessoal, essas noites de sono mal dormido estavam lhe causando muito mais prejuízo que o esperado. No trabalho, faltava ser demitido pelo seu chefe, que não estava nem um pouco satisfeito depois de tê-lo pego dormindo em cima da mesa. Nos estudos, estava muito prejudicado.. não conseguia prestar atenção em nada! Não conseguia sequer ouvir o que a professora falava. Seu relacionamento com as outras pessoas estava de mal a pior, se trocasse uma palavra com alguém era lucro, já que tinha se fechado para os amigos e o resto.
Seus problemas cresciam consideravelmente e tudo parecia estar perdido! É claro que ele não havia perdido as esperanças ainda, continuava acreditando que tudo iria acabar bem mais essa vez. Se eu pudesse, teria dito a ele para quebrar seu celular e parar de esperar ligações e mensagens, pois estas não mais viriam. Ele estava só! E ele estava dormindo. Dormindo, sonhando, chorando, sangrando, voando, quebrando, morrendo, gritando. Ele estava só nesse imenso universo invisível e interior. Sim, ele estava só. Mas era algo estranho de se afirmar já que todos a sua volta estavam sempre dizendo que ele não estava só e que eles estavam com ele... ah, mas é porque ninguém sabia o que ele sentia e pensava. E ele não sabia dizer, expressar. Ele não sabia, não podia. Ele estava só.
Suas noites vazias de sono e preenchidas com muita música e café quente reviveram os mais profundos e antigos pesadelos que ele não mais sonhava. Reviveu a mim.


"Nada mais será como era antes.
Alguém te deixou insano.
Sangue instável corre em minhas veias,
o relógio parou antes que eu abrisse meus olhos."

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Impacto Psico-Visual


"Eu vi um menino correndo
eu vi o tempo brincando ao redor
do caminho daquele menino,
eu pus os meus pés no riacho.
E acho que nunca os tirei.
O sol ainda brilha na estrada que eu nunca passei.
Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga.
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou.
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou.
Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista
o tempo que não pára no entanto ele envelhece.
Aquele que conhece o jogo, o jogo das coisas que são.
É o sol, é o tempo, é a estrada, é o pé e é o chão.
Eu vi muitos homens brigando. Ouvi seus gritos
Estive no fundo de cada vontade encoberta,
e a coisa mais certa de todas as coisas.
Não vale um caminho sob o sol.
E o sol sobre a estrada, é o sol sobre a estrada, é o sol.
Por isso uma força me leva a cantar,
por isso essa força estranha no ar.
Por isso é que eu canto, não posso parar.
Por isso essa voz tamanha.

Obrigado por tudo e pelo amor que juntos aprendemos a cultivar.

Markus Marques"



Obrigado pelo carinho e por tudo que fez por mim esse ano, Markus! De verdade. Seu apoio foi muito importante para mim, e eu não podia deixar de te agradecer de alguma forma.
Durante todo esse ano, nos momentos em que eu estava e não estava bem, você sempre esteve comigo me ajudando de alguma forma, mesmo que eu, com minha cabeça dura, não quisesse ajuda. Você ajuda a mim e a todos sempre a crescerem mais. Obrigado!

Confissões De Um Coração Arranhado Parte IV


Os segundos se transformavam em minutos que se transformavam em horas que se transformavam em dias que se transformavam em semanas. Por quê?! Era tão difícil aguentar aquilo tudo acontecendo ao mesmo tempo, nossa! Ele tremia só de lembrar que sua vida pessoal se encontrava naquele estado e ele não conseguia se livrar disso sozinho. Já não sabia o que fazer para sair dessa teia em que havia se enrolado. As coisas estavam lhe atingindo de todos os lados possíveis: problemas em casa, na escola, no trabalho, coração, os amigos, a família... tudo! Sua paciência já havia se esgotado e ele pensava em um plano urgente.
Seus amores passados sempre o perseguiam por onde quer que ele fosse, e a cada semana era um. Amor, desamor, amor. Ser sem amor. Era difícil lidar com algo tão abstrato como o coração, nossa! Sim, era abstrato. Só porque o coração está no seu corpo não quer dizer que ele seja algo... sabe? Nem eu entendi, na verdade, o que ele quis dizer com isso. Mas ele pensava da seguinte forma: tudo uma hora para. Carro para, peça para, filme para, música para, corrida para, tudo para. Menos o coração, nunca para de bater. Por que? Só quando morre? Então é preciso aguentar uma coisa batendo dentro de você a vida toda? Ah, não! É melhor deixá-lo em uma conserva, realmente. Faz sentido? Eu não sei, mas ele achava que sim.
Ficar acordado a noite toda pensando em alguém é PATÉTICO, acima de tudo. O pior é que muita gente faz isso, ou melhor, praticamente todo mundo! Todo mundo já fez isso, pelo menos uma vez. E depois percebe o quanto é ridículo... além de não ser necessário. Tem pessoas que não merecem tais coisas, mas o incrível que isso surge na sua cabeça do nada. Passar o dia todo pensando nessa pessoa, então, é pior ainda. Te atrapalha a trabalhar! Vê se pode? Não é possível uma coisa dessas. Não conseguir abrir mão dessa pessoa mesmo prometendo todos os dias que a deixaria de lado, tão obsessivo! Ouvir a voz dela em qualquer lugar, fazer loucuras só para vê-la... como isso pode acontecer, minha gente!? Esperar o celular tocar por uma ligação dessa pessoa, ou até mesmo uma mensagem... pura idiotisse. Só idiotas fazem isso. Amar alguém é ser fraco e se submeter a pessoa amada, e por isso ele era totalmente contra o amor (mesmo amando...).


"Eu vejo seu rosto em tudo a minha frente,
Sua voz está me assombrando.

Eu pertenço a você agora.
Oh, venha pra mim,
E fique para sempre...
Não me deixe para trás."

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Carta Para O Papai Noel



Querido Papai Noel,

Vim por meio desta carta pedir-lhe um favor muito grande, que se o senhor pudesse fazer por mim, me ajudaria muito! Há tempos que venho tentado dormir e não consigo... há tempos que venho tentado me concentrar no dever de casa mas também não consigo! É vespera de Natal e estou muito irritado com minha própria casa e minha vida. Esse ano resolvi pedir esse presente um pouco diferente, mas que, pode ter certeza... me ajudaria muito! Acontece o seguinte, Papai Noel, minha casa faz barulhos estranhos a noite! Isso é algo muito estranho e eu sinto medo às vezes, pois já cansei de acordar no meio da noite pensando que tem pessoas me chamando quando na verdade não tem. Esses dias eu senti uma mão fria no meu rosto enquanto eu dormia, mas quando abri os olhos e me levantei, não tinha nada! Acho isso muito estranho... será que é obra do bicho papão? Não sei... mas eu queria pedir para o senhor me mandar de presente uma casa nova, ou alguma coisa que pudesse me ajudar! Tenho visto coisas estranhas esses dias enquanto ando pelos corredores... ontem eu vi uma menina com uma boneca me chamando para brincar, no fim do corredor. Eu só não fui porque ela estava parada na frente da porta do porão e fiquei com medo de ela me empurrar pela escada! Talvez eu tenha sido bobo, já que ela queria só brincar... não sei. Estou confuso! Sonho coisas ruins todas as noites e sempre acordo suando frio e com muito medo, isso quando não começo a me passar mal e ter crises. Amanhã é Natal... gostaria de poder voltar a dormir direito e não precisar mais ver essas coisas, Papai Noel. Se puder atender esse meu pedido eu ficaria muito, muito feliz! Isso porque acho já tenho medo da escuridão debaixo da minha cama... parece que alguma coisa mora lá, e sempre que me levar junto com ela. Espero que me ajude, pois já cansei de pedir ajuda ao Papai do céu e ele não tirou essas coisas daqui. Aguardo pelo senhor amanhã! Espero que esteja bem e não esteja passando frio. Com carinho... do seu menino morto.



"Pegue-me enquanto eu caio!
Diga que você está aqui e que tudo está acabado agora.
Falando da atmosfera,
Ninguém está aqui e eu caio dentro de mim mesmo.
Essa verdade me leva à loucura...
Sei que posso parar a dor se eu quiser que tudo vá embora.
Se o fizer tudo irá embora...

Anjos caídos aos meus pés,
Sussurrou vozes na minha orelha.
Morte aos meus olhos.
Deitada ao meu lado, eu temo.
Ela acena-me, devo me entregar.
Sobre o meu fim eu devo começar,
Esquecendo por tudo que eu cai eu subo para conhecer o meu fim."

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Helpless, Hopeless, Loveless


Eu lutei outro dia,
Perdendo outra chance de fugir
De tudo que eu não posso suportar.
Eu sofro por meio da vergonha...
Desejando apenas que isso me abandone,
Até que isso acabou.


Ele acordou de manhã sentindo que a solidão havia entrado por vontade própria em seu coração e se trancado lá. Ele sentiu isso. Levantou-se e trocou de roupa, escovou os dentes e se olhou no espelho. Olheiras. Esfregou os olhos e espiou mais uma vez pelo vidro sujo, mas ainda continuava com olheiras. Será que não havia dormido bem? Estranho. Voltou ao seu quarto e reparou em uma caixa que estava no chão, caixa de fotos. Caixa de lembranças. Quem teria colocado aquilo ali? Ficava guardado no fundo do seu armário. Estranho. Começou a olhar as coisas que haviam lá dentro, e uma nostalgia sem fim o pegou de surpresa. Seu peito doeu, e... ele se sentiu mais uma vez só. O que estava acontecendo? Ele não estava só, tinha seus amigos, tinha seus pais... mas ele se sentia só. Por quê? Que coisa estranha... torceu pra que fosse só coisa de momento e que não começasse a ficar paranóico de novo, já que as pessoas não gostam de gente paranóica. Comeu uma torrada e bebeu um copo de leite, pegou sua bicicleta velha e saiu pelas ruas, na esperança de encontrar algo para fazer nessa manhã tediante. Mas por algum motivo todas aquelas lembranças da caixa simplesmente vieram a sua cabeça... caiu. Ele se desequilibrou da bicicleta e caiu. Arranhou o joelho e como não tinha sido nada grave se levantou e se sentou num canteiro ali perto. O que tinha acontecido? Ah... ele sentiu, de novo. Seu peito doeu e... ele sentiu que todos seus sonhos estavam sendo arrancados dele, de novo. Não! Ele gritou, suplicou... sonhos era tudo que ele tinha, tudo que havia restado. Quem estava fazendo isso? Ele chorou. Não! São meus! Os sonhos pertenciam a ele e a ninguém mais. Então por quê estavam tirando isso dele? Sentiu sua esperança ser sugada por algo invisível, mas que estava parado na sua frente, esperando para sugar sua vida... Abriu os olhos e se deu conta de que havia passado vergonha no meio da rua, tinha gritado e chorado. Algumas pessoas que passavam do outro lado o olhavam e riam da cara dele. Que coisa mais confusa! Ele pegou sua bicicleta e decidiu voltar para casa, já que o dia não estava tão bom como deveria estar. Talvez devesse dormir mais, se estava até com olheiras. Chegou em casa e viu que seus pais tinham saído, mas não havia problemas já que ele ia dormir mesmo. Foi para seu quarto e tirou a roupa, mas não se deitou. Olhou para o telefone e sentiu vontade de ligar para alguém e conversar um pouco. Mas quando tirou o telefone do gancho, aquele sentimento surgiu de novo, e ele sentiu sozinho. Viu que ele não tinha mais ninguém, que ele não tinha mais amor. Ele não tinha mais amor. Só que seus amigos não tinham lhe abandonado... sim... foi ele quem abandonou, todos. Por quê? Ele os amava tanto... por que faria isso? A solidão que invadira seu peito havia criado raízes lá e jamais iria sair, estava trancada. Mas com quem estava as chaves? Com a pessoa que ele também abandonou.


"E outra vez pegue tudo isso e leve a culpa por você.
O medo é tudo que eu seguro.
Queimado e derrotados,
Toda a dor que eu não posso escapar hoje,
Está sempre comigo.

Minha vida sem amor...
Estou perdido em você hoje à noite.
Esperando por você para estar aqui,
Só para destruir o mundo inteiro.
"

All my love is lost... and all my hope is gone.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pesadelo


Estou em um mundo onde há mais do que se possa acreditar.
Essas paredes são assombradas... e as sombras me chamam.
Acredite em mim, fique comigo.


O que leva uma pessoa a reviver lembranças ruins antes de ir dormir? É tão patético, por sinal. É óbvio que isso vai tirar seu sono e ela passará pelo menos uma boa parte da madrugada acordada pensando naquilo. Mas então... por quê? Sempre fazemos isso, antes de dormir. Deixamos que as memórias simplesmente cheguem aos nossos olhos e se transformem em um filme, algo para assistirmos na escuridão. Não é nem um pouco agradável...

'Ele acorda no meio da noite suando frio, tremendo. Esfrega os olhos e leva as mãos até o criado-mudo ao lado da cama e apanha seu óculos para poder enxergar ao seu redor. Aperta o acendedor na parede e a luz inunda o pequeno quarto, mostrando que a cama estava toda bagunçada e a coberta tinha ido parar no chão. Um sonho ruim? Ainda bem, mas fazia tempo que ele não sonhava com aquelas coisas. Sentiu medo, levou a mão ao peito e o apertou com força. Realmente, agora estava acordado. Sentia dor. Sentia sede, também. Pegou o copo d'água que ficava em cima do criado-mudo todas as noites e bebeu um gole. Se acalmou. Decidiu então voltar a dormir, já que amanhã teria prova. Deitou-se e fechou os olhos... mas eles continuaram abertos. O quê? Por que ele estava vendo aquelas coisas? O sonho já havia acabado, então... não! Ele não queria ver aquelas coisas, por que elas estavam em sua cabeça? Aquilo era passado, passado! Ele trancou todas essas lembranças junto com toda a dor que elas traziam, mas por algum motivo elas estavam ali de novo... impossível! Um filete de sangue escorreu da sua boca e manchou o lençol. Não! Era um sonho. Ele se beliscou com força e tudo sumiu. Ele acordou. Ah... Que alívio! Agora sim tudo havia acabado. Apesar do coração estar apertado e batendo rápido, ele sorriu com vontade, feliz por tudo não ter passado de um pesadelo. E assim voltou a dormir, aliviado...
Mas a mancha de sangue no lençol continuava lá.'


"O pesadelo, dentro de mim,
Na escuridão cega,
Tudo em minha cabeça de novo.
Eu posso ouvir os pesadelos...
Todas as minhas lágrimas me puxam para o inferno novamente."

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Confissões De Um Coração Arranhado Parte III


Não. É só isso que ele tinha vontade de dizer, além de tomar umas boas doses de vodka e fazer belos cortes nos braços. Por que as coisas sempre tinham que ser tão difíceis assim? Porque, pra ele, as coisas nunca saiam como ele pensava que iriam sair, ou como deveria sair. O universo parecia conspirar contra ele em um momento desses, e o mais engraçado é que tudo acontecia sempre quando ele estava fraco e tudo ao mesmo tempo. Por quê? Dói sentir algo que não se pode sentir, que não é de sentir. Lugar de coração é em um vidro de conserva: só assim ele vai dar um tempo.
É tanta coisa que não faz sentido, não é? É tanta gente, tanto sentimento, tanta coisa. Por que você, por exemplo, se apaixona pelo seu melhor amigo? Ou então, sai de casa pra morar na rua? Ou até mesmo deixar de falar com seus amigos e com quem você gosta por outras pessoas, por culpa de outras pessoas. Tanta coisa não faz sentido e não parece que vai fazer algum dia.
Aquele menino, ah, aquele menino... aquele coração. Sim, ele tinha medo dessas partes. Dessa hora. Tinha medo de um dia isso chegar a acontecer... perder alguém. Se separar de alguém. Porque realmente dói, e não é fácil. Mas o que ele mais fazia era abrir mão de tudo que tinha pelos outros. Você não faz isso? Sim, você faz. Não você. Ele. Talvez até você também já tenha feito isso alguma vez, mas ele, ou melhor, você, já fez isso várias vezes. O tempo todo. Agora. Deixar quem ama dormindo enquanto você deixa o quarto no meio da noite, silenciosamente, somente para ela não ver o monstro que tinha que ir. Você não precisa ver ele ir embora, porque ele não quer que você veja. O melhor às vezes é o mais díficil, se não for sempre, até.
Enquanto as tuas lágrimas queimam teu rosto, ele solta tua mão e parte, para nunca mais. Para sempre. Ele deu tudo que tinha para você. Ele vai te deixar, ah, sim, ele vai. Não porque você não merece, mas porque ele precisa ir para casa. Observando ele dormir por tanto tempo, sabendo que você não pode transformar a chuva em sol, não mais. Sob as cinzas da mentira algo belo aqui, agora morre.



"Porque você vê como o abrigo da tempestade,
Segurando o vento para te manter aquecido.
Você era tudo para mim...
É por isso que eu tenho que ir.
Então durma bem, meu anjo."

domingo, 11 de julho de 2010

Confissões De Um Coração Aranhado Parte II


Possessão. (alimente meu único vício)
Confissão. (eu não vou falar duas vezes)
Decidir, (ou morra por mim)
Ou desista de qualquer chance de você ser livre.


O ser humano às vezes se supera em sua mediocridade e nos seus pensamentos infantis e ingênuos. O homem acha que consegue controlar tudo, tudo que ele fez e tudo que a natureza deu para ele... mas não é bem assim. Uma das coisas mais ingênuas do ser humano é pensar que ele pode controlar outra pessoa: isso é no mínimo ridículo. "Você é meu", "não faça isso", "faça só o que eu quero". Sem envolver a velha história do livre-arbítrio, todo mundo consegue perceber que isso não faz o menor sentido e que é algo completamente infantil, mas acontece. E talvez até com você.
Se você ou qualquer outra pessoa quiser tirá-lo do sério, é só fazer isso. Sim, tá aí algo que ele não suporta. Sempre disse isso mas nunca foi o suficiente, porque continuava a acontecer... então ele parou de dizer e começou a agir. Quando alguém chegava para ele e dizia "meu namorado não gostou que você me deu um beijo no rosto"... ah, nossa. Eu nem queria estar perto. Era o bicho. O sangue fervia e ele era simplesmente curto e grosso com aquela pessoa: então pegue ele, enfie no ** e seja feliz.
Eu me desculpo pela linguagem que ele usou naquela vez, mas eu tinha que contar. Ele vivia reclamando e contando que as pessoas sempre faziam isso com ele. O motivo eu nunca descobri. Mas eu posso dizer que até eu já passei por coisas assim, do tipo as pessoas próximas a você serem "controladas" e restritas. Não é tão fácil quanto a maioria pensa. Já no caso dele, acho que chegaram a fazer isso com o próprio, mesmo ele nunca tendo me contado. Se não... por que ele seria desse jeito? Ele sempre disse que ciúmes machucava, mas eu nunca levei isso a sério.
As pessoas tem uma forma estranha de demonstrar o seu amor. "Você não precisa mais de telefone, de internet ou de qualquer outro tipo de contato porque agora você tem a mim". Acho que se fosse eu, preferia deixar a pessoa só do que mandar nela. Ridículo quem diz para escolher entre amigos e a pessoa, ele dizia. Quer tortura maior do que essa? Ter que fazer a escolha que seu amor quer para poder deixar tudo bem?
Pra mim tanto faz. Essas coisas não me afetam tanto quanto afetavam a ele, mas eu sei que ele sofreu com isso até o dia da sua morte. Não sei se foi com as mesmas pessoas, mas ele sofreu... e sua paciência tinha limite para tudo... menos para uma pessoa. Aquela lá. E, sim, ele dizia que ninguém é de ninguém, e tolo era quem pensava que podia controlar quem estava ao seu lado. Controlar dói, e quem controla não sente dor.


"Alguém. (não)
Alguma coisa. (sim)
De qualquer modo. (cair)
Alguém. (meu)
Alguém.(me diga)
Eu quero, (você)
Eu preciso, (você)
Eu terei, (você)
Eu não vou deixar ninguém ter você.

Obedeça. (a mim)
Acredite. (em mim)
Apenas confie. (em mim)
Adore. (a mim)
Viva por. (mim)
Seja grata. (agora)
Seja honesta. (agora)
Seja preciosa. (agora)
Seja minha."

sábado, 10 de julho de 2010

O Primeiro Dos Sete


"a beleza é tão apenas transitória à luz da nossa própria mortalidade."

Vaidade; sf. 1. Qualidade do que é vão, ilusório. 2. Desejo imoderado de atrair admiração. 3. Frivolidade, fatuidade, presunção. vai-do-so (ô) adj.
Só podes ter esperanças de ser fiel se sacrificares a vaidade da tua imagem.

Acordar cedo. Espelho. Tomar banho. Se arrumar direito. Colocar lente. Escovar os dentes. Não comer nada, regime. Espelho. Escolher uma roupa bonita. Escolher os acessórios. Arrumar o cabelo. Espelho. Calçar um tênis bonito. Arrumar as coisas para sair. Espelho. Rua. Sorriso sexy e visual ousado. Andar com estilo. Arrasar nas ruas. Ficar o dia todo fora. Voltar tarde. Espelho. Tirar a roupa. Tirar tudo. Banho. Comer alguma coisinha que não engorde. Construir tudo de novo. Se arrumar. Roupas. Acessórios. Lentes. Espelho. Cabelo. Tênis. Camisa. Calça. Espelho. Dentes. Anéis. Pulseiras. Correntes. Espelho. Celular. Ligar para amigos. Marcar encontro. Ir de carro. Sair de madrugada. Ficar o resto da noite fora. Voltar só quando amanhecer. Espelho. Fazer tudo de novo.

Ahhh, sim. Nunca me sinto feliz sem me olhar no espelho e cuidar da minha pele, do meu cabelo, das minhas unhas... Preciso estar sempre belo para as outras pessoas. O que eu penso não importa, só importa o que os outros acham. Contanto que eles me vejam o mais belo de todos, não há problema em ser um retrato.


"Vamos dançar (depressa), estamos na casa da vaidade!
Vamos cobrir os segredos, diamantes. Estamos felizes, estamos brilhando."

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quiromancia


A maior de todas as curiosidades daquele garoto era, talvez, o seu destino. Ele já sabia muito bem do seu passado e tinha fortes suspeitas do seu futuro (sempre pensando que tudo iria piorar cada dia mais), mas sempre assistia aqueles filmes em que o protagonista procurava um médium, cartomante ou alguém para lhe dizer a sorte, e isso sempre foi a vontade daquele menino. O único problema era o medo. Ou talvez não fosse medo... talvez fosse só hesitação, ansiando pelo desconhecido e desejado.
Vida má, vida cruel. Vida que judiava daquele pobre garoto que não tinha culpa de nada... ele carregava aquele fardo sobre as costas há tanto tempo, mas havia aprendido a não reclamar e a guardar aquilo só para ele. Era dele e de mais ninguém. Uma previsão, uma consulta... a sorte... será que não valia a pena? Talvez ajudasse. E a opoturnidade surgiu.
Uma mulher que ele conhecia, um dia, estava conversando em um grupo exatamente sobre esse assunto. E ele, encostado em um canto, ouviu ela dizer que sabia ler mãos. O menino se levantou de onde estava e foi até a mulher, levando-a pelo braço até um canto qualquer. Segurou as duas mãos dela e pediu, olhando-a nos olhos: "você poderia, por favor, ler as minhas mãos?" Mas ela negou o pedido. Disse que isso não era bom, que os espíritos ficavam perturbados e que ela não conseguia dormir... mas ele não se deu por vencido e começou a insistir, o que a deixou muito irritada. Ele sempre teve o dom de dobrar as pessoas, e conseguiu fazê-la ceder: ela aceitou o pedido e leu a mão dele. Ninguém sabe dizer se essa foi a atitude mais sensata naquele momento... porque tem coisas sobre o passado que é melhor serem esquecidas e coisas sobre o futuro que é melhor não serem descobertas, mas foi o que aconteceu.
A primeira coisa que disse quando pegou a mão do garoto foi "sua mão é a mais complicada que já peguei para ler" e ele sentiu que ela sabia de tudo, naquele momento. Mas não disse nada, continuou apenas encarando-a enquando ela passava os dedos pelas linhas de sua mão. "está vendo esse x? cada x desse é um problema, algo ruim. consegue contar quantos existem na sua mão?" e de fato, ele não conseguia... havia muitos. Incontáveis. Do que se tratava isso? Uma consulta para destruir sua auto-estima? Ele já estava desistindo, mas ela continuou: "você se prende a alguém ou alguma coisa do seu passado, e isso está te atrapalhando. Não te faz bem. Você devia se libertar disso, mas... é, é difícil. E não vai acabar tão cedo." e ela continuou jogando e despejando coisas em cima dele, mas o menino não moveu nem os lábios. Continuou sério, apenas ouvindo e pensando que tudo que ela estava falando era verdade. Vez ou outra ela franzia a testa mas não contava o que era que tinha visto. Ele se sentiu desgraçado... se seu destino estava cheio de provação, então pra quê isso...? Não fazia sentido.
O resto da consulta e o quê ela falou, eu não sei, ele não me contou. Algumas pessoas não vão acreditar nessa história, outras pessoas vão dizer que não acreditam em Quiromancia, mas quem liga? O importante é que ele acredita nisso. Fiquei sabendo disso pela boca dele, mas o resto ele se negou a dizer. Só disse que foi embora para casa depois dessa consulta, sorrindo. E continuou com esse sorriso fixo no seu rosto durante toda sua vida... e até hoje o seu destino ainda é um mistério para ele mesmo, apesar das coisas estarem sempre piorando.


"Nunca entendi essa vida.
E você está certo, eu não mereço.
Mas você sabe que eu não sou a única."

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Garrafa Suja


- Ele esperava ansiosamente pelo fim de semana, era sempre assim. As coisas ficavam até insuportáveis quando chegava quarta ou quinta-feira, porque ele não parava de falar que estava ansioso, contando seus planos para o sábado e domingo a noite. Trabalhava de segunda a sexta em período integral, estudava a noite e tinha que dar conta da família em crise, problemático. Abafava a sua vida pessoal, ignorava os sentimentos e escondia as emoções, já que sua vida não lhe dava tempo para tais coisas supérfluas, e tentava superar isso tudo, ser alguém e não se deixar abalar pela desgraça em que vivia, afinal de contas, não seria possível que tudo era daquele jeito...
E não era. Após algumas tentativas ele descobriu um meio, uma forma, algo que ele usava como última opção para escapar de todo esse tormento: o fim de semana. Era só disso que ele agora precisava; a sua semana podia ser a pior de todas se tivesse vodka e cigarros no sábado a noite. Ele tinha começado a viver disso, um álibi. Não era necessariamente um vício... era algo um pouco mais complexo, uma fuga. Complicado demais para ser explicado. Às vezes misturava um pouco de sexo e a tentação carnal lhe caia como uma luva enquanto bebia e ouvia música bem alta, tão alta que acordava todo o bairro. Roupas rasgadas, marcas no corpo e garrafas pelo chão ao nascer do sol.
Vez ou outra ele se arrependia de algo que tinha feito, de alguma boca que beijou ou de algum corpo que tocou... mas aí era só beber mais uma dose e esquecer de tudo. Atitude essa que muitos desaprovavam, mas quem era quem para julgá-lo? Ninguém sabia nada da vida dele, ninguém sabia pelo quê ele passa ou passou. Ninguém. Ele não aceitava tais julgamentos e opiniões egoístas, porque ele sabia que o que ele fazia era o certo! Só assim ele conseguia esquecer quem ele era e rir de verdade. Não era um vício, era um estilo de vida. Uma fuga, algo que ele chamava de sexo, drogas e rock n' roll. E ele continuou chamando seu estilo de vida assim durante muito tempo... ou pelo menos até morrer com um copo de whisky na mão.
-

O que achou disso, vovô? Escrevi especialmente para você e para o papai! Todo mundo disse que é a cara de vocês, parece até uma biografia! Espero que esteja bem e que tenha gostado do texto. Com carinho, seu neto.

sábado, 3 de julho de 2010

Confissões De Um Coração Arranhado Parte I



Durante toda a sua vida muitas coisas irão te machucar. Você poderá sofrer um acidente gravíssimo e ter sequelas para o resto da vida, você irá se cortar várias vezes e na maioria delas nem saberá aonde foi, ou então cair de alguns lugares estranhos. Mas nenhuma dessas dores se compara a uma, a pior: a que o coração traz.
Amar é uma das coisas mais INCRÍVEIS que existe no mundo. A sensação é única, indescritível, inimaginável. Algumas pessoas nesse mundo foram feitas somente para amar e outras somente para machucar; e numa coincidência surpreendente essas duas pessoas acabam sempre se encontrando na vida, e com isso, uma aprende com a outra a carregar para sempre um pouco de suas qualidades. Quando algo como coração tenta ser explicado, começa a ficar confuso e sem sentido. Perdido. Então vamos tentar (não explicar) começar pelo começo.
Inocência. Algo puro, tão puro e intocável que chega a ser fascinante. Algo que todo ser humano tem direito de possuir, de nascer inocente, de ser inocente... mas bom mesmo seria se isso durasse para a vida toda. A pior parte sempre chega, e com ela, você acaba aprendendo algumas coisas, afinal de contas nós não podemos ser crianças para sempre. Um dia você cresce e alguém se encarrega de tirar de você a coisa mais pura que você poderia carregar em toda a sua vida... sim, algo mais puro que o amor: a sua inocência. Você perde. Tá. E aí? Bom, agora você aprende a se virar sozinho. Agora é você por você mesmo e só. Pode parecer cruel e ridículo, mas é a maior verdade que o homem poderá levar para toda a sua vida. Inocência se perde. Inocente se foi. Inocente jamais será.
Fim de jogo? Só para alguns, porque o próximo objetivo é aprender a se virar sozinho e transformar a sua dor em algo que te sustente para as próximas vezes. Sim... porque isso não para, nunca acaba. Vai acontecer de novo e de novo... mas tome cuidado: um homem corre o risco de odiar quando aprende a amar.


"Durante todas as noites de sono que eu perdi acordado,
pensando em você, eu sei que uma coisa valeu a pena.
Só uma. E não só porque foi quase insuportável que isso me conforta,
mas também porque isso tem me ajudado ao mesmo tempo que me destrói.
Pouco a pouco eu consigo descobrir como não me render completamente.
Pouco a pouco eu consigo me tornar mais e mais forte diante de você.
Pouco a pouco eu tenho conseguido controlar esse sentimento.
O único problema nisso tudo, é que é uma faca de dois gumes:
A cada dia que passa os teus olhos e teu sorriso me dominam mais.
A cada dia que passa isso tudo cresce incontrolavelmente.
A cada dia que passa... você assume ainda mais o controle sobre mim.
E o melhor de tudo é que você nem sabe quem sou eu."


"O para sempre nunca chegou e eu ainda estou esperando
por uma vida que nunca aconteceu.
E todos os sonhos que eu tenho colocado para descansar,
são fantasmas que me mantém.
Depois de tudo que me tornei,
eu sou apenas um."

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Memórias De Lugar Nenhum




Sabe quando você acorda no meio da noite e não tem idéia de onde está? Em alguns casos, você acorda no meio da noite e não sabe quem é. Você esquece do que aprendeu todos esses anos e se torna tão ingênuo e frágil como uma borboleta. Mas nesse momento só há uma diferença entre você e a borboleta: ela sabe voar. Então você levanta e começa a tentar se lembrar de alguma coisa, só que o desespero bate porque você não tem nada para lembrar. Começa a andar pelo quarto, esfregando os olhos e com um aperto no coração: do que se trata isso tudo? Eu não estou mais vivo? Se estou... então por quê não consigo me lembrar de nada? E a propósito... quem sou eu? Nesse momento de confusão uma voz dentro de você lhe diz algo que você já temia ouvir: você está sozinho.
O seu coração dispara e você começa a tremer, recuando e tentando encontrar uma parede para escorar... mas não há paredes. Só há sangue no chão, e você não está em lugar nenhum: você está sozinho. Sentindo as lágrimas queimarem seu rosto você leva tuas mãos até seus olhos e os enxuga, mas as lágrimas não param de escorrer. Lágrimas de sangue. Mas existem borboletas... sim, elas existem. E elas estão voando por algum lugar aqui perto, eu consigo ouvir o bater de asas delas. Só que eu estou em lugar nenhum, então... aonde elas estão? Elas não estão.


"Quando eu era criança,
eu aprendi a escrever poesia.
E fiquei sabendo, num belo dia,
que minhas poesias eram boas.
Todo mundo dizia isso, todo mundo gostava.
Mas só quando cresci é que fui aprender e entender...
que poeta não é feliz, poeta é triste. Poesia é triste."


"Engolida pelo som do meu grito,
Não posso cessar o medo das noites silenciosas.
Oh, como eu anseio pelos sonhos do sono profundo...
A deusa da luz imaginária."

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Primeira Que Estréia

Primeira vez que uso um blog, nossa. Nem é algo tão incrível assim, mas é novo e complicado... pra falar a verdade, eu quase não consegui arrumar as coisas aqui. E ainda achei que ficou tudo feio, tenso, estranho. Mas vai ficar desse jeito até eu arrumar tempo para mudar. Vou passar a usar isso daqui como uma espécie de diário, porque eu SEMPRE quis fazer isso e sempre tive vontade, acreditem ou não. Eu tenho certeza que algumas pessoas (e são as que eu mais quero, de verdade) vão ler e acompanhar esse blog, mesmo que sem se identificar. E é por isso que eu quero seguir em frente com ele. Pretendo atualizar isso aqui sempre e deixar toda vez um pedaço de mim, porque faz bem. Já tive experiências parecidas e posso dizer de verdade que... faz bem. Por hoje é só, já que isso é praticamente uma "introdução" ou algo do tipo... só queria deixar algo escrito aqui e não deixar vazio, mas vou começar a partir de outro dia. Enfim, obrigado por quem chegou até aqui e pretende continuar, vou deixá-los informados sobre minha vida e sobre mim, aqui. Ou não. Abraços. :}